segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Fanfiction de natal

Uma fanfiction de natal para vocês saindo direto da lareira! Aproveitem!

OBS: Essa história contém alguns pequenos spoilers do livro 10, então, assumindo o risco, pode continuar a ler.

Dan estava parado na frente da mansão com um paletó esperando as visitas chegarem. Ele pensava que a escravidão tinha sido abolida há muito tempo, mas pelo visto estava enganado.
-Você vai ficar junto comigo recepcionando as visitas, Dan!
-Amy! Eles são Cahill! Arrombam casas e botam fogo nelas de brincadeira! Acha que precisam de convite para entrar?
-Mas hoje é natal! Dia de união e de abraçar quem ama!
-Então fique você lá fora esperando o Ian chegar porque eu estou fora.
Ele não devia ter dito aquilo.
Agora estava lá a força, obrigado a ficar parado, passando frio e acorrentado por uma coisa chamada gravata.

Daqui a pouco os parentes iam chegar e Amy receberia cada um com um ‘feliz natal’ e um abraço. Hoje só tinha convidado quem participara da busca pelas pistas – e também duvidava que os que não foram convidados sentiram falta. Ela achou até melhor, porque assim pelo menos não ficava cercada de pessoas que mal conhecia.
         Logo quando a primeira visita chegou, Dan tratou de ir ‘fazer sala’ para ela, deixando Amy sozinha para recepcionar os convidados. Ah, mas esse moleque não muda nunca!
         Depois ia ver o que era bom pra tosse!
         A primeira visita era o Tio Alistair, mas não tinha problema, pensou Dan, pelo menos tinha arranjado um meio de fugir.
         - Como vai, Dan?
         - Bem.
         - E esse tempo aí?
         - Sei lá...
         - E a escola?
         Socorro! Planejando outra saída estratégica...
         Ufa! O Tio Fiske chegou à sala bem a tempo. Agora só lhe restava esperar as outras pessoas chegarem.
         Quem chegou a seguir foram os Holt.
- Hamilton! Beleza!
- E aí? – Hamilton deu uns tapas tão fortes nas suas costas que quase o fez vomitar suas tripas, o que ele suspeitava que não seria tão legal quanto parece acontecendo com ele mesmo.
- Como vai, Dan? – Reaggan e Madison seguiram o exemplo de Hamilton só que dessa vez ele achou que elas bateram forte de propósito.
Dan quase teve a chance de trocar uma conversa descente com Hamilton enquanto os irmãos brigavam a cada instante. Ho
Depois iam trocar presentes no amigo-da-onça e ele esperava que ninguém ficasse revoltado com o resultado porque ele realmente não queria ver uma briga de Holts pra valer.
Os convidados foram chegando pouco a pouco, Sinead, Ted e Ned Starling a seguir e Jonah Wizard um tanto atrasado, com a desculpa de que algumas fãs tinham ficado na frente da limusine e barrado seu caminho.
Já tinha passado duas horas da festa quando Dan notou: Ian e Natalie ainda não tinham chegado.
E Amy ainda estava lá fora esperando esse tempo todo.
Eu acho que eles não vêm.
Amy estava com as pernas amortecidas de tanto ficar em pé. Apoiada no batente da porta e se deixou escorregar até cair no chão. Suas juntas já deviam estar congeladas!
Por que ela ainda estava ali?
- Amy. – Ai que susto! Ela nem tinha percebido que ele tinha chegado! Dan deu uma risadinha sem graça. – Você não precisa ficar aí congelando e perdendo a festa por nada. Vem pra dentro que o Ian não merece isso.
- Hahahaha. Muito engraçado, Dan. Mas você tem razão. Eles vão entrar de qualquer jeito mesmo... – Ela se deu uma folga, afinal, achava que merecia isso.
Quando chegou lá dentro todo mundo comemorou. Sinead foi logo contar as novidades para Amy, quando Nellie saiu da cozinha com um monte de pratos nas mãos, braços e cabeça.
- Hora do rango, pessoal!
Ela parecia muito feliz pra quem passou a festa inteira na cozinha, mas logo que olhou os pratos viu o motivo: todos tinham uma aparência nojenta.
DIM-DOM
Nesse momento a campainha tocou e todos ficaram quietos.
- Há! Sabia!- Dan exclamou. - Lucians espertinhos, chegam sempre no melhor da festa!
Antes mesmo de chegar lá fora Amy viu o Ian e a Natalie entrando afobados na mansão.
- Amy! Desculpa a demora é que... – Ian fez uma pausa para tomar ar. – agora a pouco a elite Lucian nos deu a mais nova notícia. Minha mãe... Fugiu da cadeia!
         Todos na sala ficaram quietos depois da notícia. Amy sabia o que eles estavam pensando. Isabel Kabra, a maldade em pessoa, estava à solta. Uma pessoa de fora poderia dizer que era um motivo bobo para parar uma celebração de natal, mas só quem participou da busca das 39 pistas sabe o risco que estão correndo.
Que o mundo inteiro está correndo.
Ouviam-se alguns palavrões escapando da boca dos outros enquanto Amy assumiu a frente.
- Pois bem, pessoal, quanto antes começarmos melhor, pois ela não pode ter indo muito longe ainda. Vamos separar uma equipe para ir encontra-la enquanto outra fica aqui no sótão tentando localizá-la. Tio Fiske, poderia reservar um jato particular para Inglaterra para quatro pessoas?
- Já estou arranjando.
- Ian, você sabe o nome da prisão de qual ela fugiu?
- Prisão de Fleet, Inglaterra.
- Ótimo, você pode ajudar os Starling e Alistair com as pesquisas enquanto eu, Dan, Hamilton e Natalie vamos na missão.
- Mas, Amy, eu posso ser útil na missão! Posso falar com Isabel caso preciso, tenho contatos Lucian, munição...
- A Natalie já pode fazer tudo isso por você, obrigada. - Amy interrompeu.
- É, Ian, eu também existo, sabia?
Ele parecia prestes a falar alguma coisa, mas se deteve. Pelo menos sabia que quanto menos discussão, mais rápida seria a missão.
- Ok, pessoal, - falou Hamilton - o que estamos esperando para ir?! 
Era cinco da manhã quando Sinead acordou com seu despertador. Era esse horário que a equipe aterrissaria na Inglaterra. Não foi fácil dormir na central de comando com as duas Holt roncando. Parecia um rosnado de dinossauro, credo!
Parecia que ela foi a única que teve dificuldade para pegar no sono ali. Assim que as meninas pararam de reclamar que não tinham sido escaladas pra nada e que queriam ajudar, pegaram no sono. O resto do pessoal parecia ter desmaiado.
Ligou os monitores e estabilizou o satélite Gideon, exclusivo para os Cahill. Em seguida fez umas pesquisas e achou a localização da prisão:
Prisão de Fleet, 272 High Holborn, London WC1V 7EY, Reino Unido
Oh, que grande avanço! Ela não estava pensando direito, devia estar mais dormindo que acordada. Fechou os olhos por um instante e rodou a cadeira para trás.
EITA!
Recuou com a cadeira e acordou de vez. Que susto!
- Ian, não poderia dar um sinal de vida antes que eu morra de susto? Tipo, dizer bom dia, ai que noite ruim, sei lá mais o que... Qualquer coisa que não seja aparecer do nada atrás de mim com essa cara de fantasma?!
Ele resmungou alguma coisa, irritado. Parecia que ele também não tivera uma boa noite de sono.
- Dá pra você parar de falar com essa voz irritante?
- É a única que eu tenho.
- Bela manhã de natal, ein?
Sinead não conseguiu conter uma risadinha. Aquilo tudo era tão estúpido! Tinham que trabalhar rápido, só isso.
- Ah, ok... Vamos fazer alguma coisa mais útil do que ficar aqui resmungando. Você sabe qual é o número da cela da sua mãe?
- Chame-a de Isabel, por favor. Não, mas conheço alguém que sabe. Espere um segundo...
Dan acordou com um solavanco. Quando sua vista entrou em foco a primeira coisa que viu foi que estava num carro, não no avião. A segunda coisa foi que a Natalie estava olhando para ele.
Ele esperou que ela desviasse o olhar, mas ela continuou olhando. Então Dan se ajeitou no banco e viu que estava no carro com Amy no banco do passageiro, Hamilton no banco de trás à direita e um homem que não conhecia estava dirigindo. E a Natalie não parava de olhar pra ele.
- O que tá olhando? Onde estamos?
- Pegamos um táxi e estamos indo para a prisão de Isabel investigar. A Amy não quis acordar você e te carregou feito um bebê até aqui. – ela deu uma risadinha no final.

Amy!!! Ele devia estar ficando muito vermelho, não sabia se de vergonha, raiva, ou as duas coisas juntas. Amy olhou de relance para trás como se dissesse: vingança.
Amy releu a mensagem que Sinead tinha lhe mandado há alguns minutos:
“O endereço da prisão é 272 High Holborn, Londres WC1V 7EY. O número da cela de Isabel era 120 e Ian já arranjou funcionários que vão te deixar investigar. Conseguimos acessar um vídeo da câmera de segurança da cela e vimos pouca coisa, porque a imagem ficou fora de ar uns 10 minutos depois de Isabel mexer num sapato que parece não ser o da prisão. Achamos que tem alguém colaborando com ela, e mandou aquele sapato de presente, que na verdade era algum tipo de controle... Já em relação à forma como ela saiu, não encontramos nenhum vestígio de perfuração na cela, então isso é tarefa de vocês.”
- Bom trabalho, Ian! Agora vejo que Amy fez o certo ao te deixar aqui, está sendo muito eficiente.
A cara do Ian, que Sinead esperava que ficasse feliz, ficou mais emburrada ainda, se é que era possível.
- Você não entende do que se trata. Vou tomar café.
Quando ele se virou Sinead sorriu. Na verdade ela entendia muito bem.
Ela continuou olhando para a imagem de satélite daquela região da Inglaterra. Era nova tecnologia dos Ekaterina: ela podia apertar um botão e mudava de imagem de satélite para mapa político, vegetação natural, concentração populacional... até imagens em movimento ao vivo! Ei! Espere um pouco...
Sinead estreitou os olhos e deu zoom na imagem. Havia grande movimentação numa rua específica. Estavam todos concentrados perto de um caminhão, mas ela não conseguia ver o porquê. Prestou atenção nas pessoas: eram na maioria pais e filhos, mas tinham algumas pessoas filmando e muitos repórteres. Acionou a opção de identificar a ocupação das pessoas.
E arregalou os olhos.
O celular de Amy tocou enquanto ela olhava a mensagem. Era Sinead.

- Oi Sind! O que...
- VIRA AGORA! – ela a interrompeu. – Tem uma coisa naquela rua! Talvez... essa coisa é... VIRA, AMY, VOCÊ PRECISA VIRAR AGORA SENÃO VAI PERDER A ROTA!
- Calma, mulher! Fala devagar.
- Tem uma grande concentração de repórteres e policiais em volta de um caminhão ali! Você precisa virar!
Essa explicação já foi suficiente para Amy. Quando Sinead ficava desse jeito geralmente não era brincadeira. Desligou o celular.
- Vire naquela rua, rápido! –Amy disse ao taxista.
- Mas a curva está muito estreita, senhorita!
Ela estendeu algumas notas na direção do homem, que sem mais contestar deu uma guinada brusca à direita, queimando borracha e cantando pneu. Várias buzinas soaram e Amy fechou os olhos. Quando os abriu estava no meio de um engarrafamento.
Ela mandou o taxista parar e saiu correndo em direção à multidão. Atrás dela explodiam várias perguntas furiosas dos amigos.
- Tá maluca, Amy? – gritou Hamilton.
- Vai sair assim sem nem contar o que é? Vai tirar o pai da forca? – Dan reclamou, afobado.
- Você me fez deixar a minha mala no taxi! Sabe quanto custa uma roupa de grife?! – foi a vez de Natalie.
- Vai valer a pena, gente! – explicou. – A Sinead me disse que era importante eu vir aqui e...
Quando um ônibus parou de bloquear sua visão e ela viu do que se tratava, quase explodiu.
Era um caminhão comemorativo de Natal.
Sinead a havia mandado ali pra ver o Papai Noel.
Amy já ia arrancar os próprios cabelos quando Natalie exclamou baixinho:
- Mamãe?
O quê?!
Focou os olhos no Papai Noel. Era uma mulher. Isabel Kabra?!
- Q-que infernos... – Dan disse, ao ver a mulher diabólica cantar junto com crianças e beijar bebês.
Amy poderia dizer que não estava menos surpresa: se pudesse fazer uma lista de coisas improváveis esta estaria no primeiro lugar da lista.
Antes deles se aproximarem Isabel começou a responder a vários microfones de entrevistas ao mesmo tempo.
- Com esse ato de caridade, começo minha jornada nos serviços comunitários. Hoje centenas de crianças conheceram a Mamãe Noel e foram presenteadas com brinquedos, amanhã, milhões de crianças necessitadas conhecerão Ajuda Opera Milagres, e serão presenteadas com qualidade de vida e esperança para suas jovens vidas.
Ouviram-se muitos aplausos e ela puxou duas crianças para perto de si e abraçou-as para fotos.
Num instante Amy notou que ela os tinha visto e no seu olhar podia-se ver pura maldade.
- Cara... – disse Dan. – Tenho pena daquelas crianças.

Nenhum comentário:

Postar um comentário